Então? Se não posso viver como viverei eu? Como posso bombear o sangue pelas minhas veias sem o meu coração, sem o meu pulso sem a vida dela? A vida que me faz Ser, a força que me propulsa, a garra que me mantém, o sorriso que me alegra, o calor que irradio.
Sem ela não faz sentido, não há direcção não há certo nem errado não há nada. Nem nada que houvesse haverá. Não há cor, não há luz, não há som tudo é mudo tudo é morto.
Morto estarei eu, sem luz, sem cor. Não farei barulho, apenas pagarei o preço de não dar apreço àquilo que não tem preço. Terei o que mereço.
O mundo fica melhor, o meu Mundo pode ser feliz, mais alegre ... livre. Livre para ter o que merece, pelo qual lutou e o destino lhe tirou. O destino, e a minha maldade, de pensar ter a capacidade de a ter presa dentro de mim. Como poderia, ser tão imundo manter imaculada pessoa tão pura? Diabrura a minha que nem foi preciso pacto, para o diabo se sair a rir. Conseguir tornar negro o anjo mais branco a alma mais pura que pelo mundo voa, nem o diabo em pessoa. Em paga percebi o meu amor, o quanto a magoa o quanto é avassalador.
Nunca tinha escrito algo tão intenso, tão triste e tão vivo. No entanto nunca quis tão pouco escrever, nunca tanto escrevi, e possivelmente nunca mais vou escrever, mas lida será a minha sina, explicado será o meu pecado, conhecido ficará o meu desespero de amar quem eu não mereço. Agarrar-me é impossivel, já fui, já não sou. Fica a memória de alguém que nasceu pra ficar sem vida.
Se eu pudesse pedir desculpa ....