domingo, 10 de maio de 2009

Prá Rua me Levar

Hoje decidi por uma musica e não um texto meu, mas que até poderia ser ...


Não vou viver como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Amigos

Por vezes os amigos
são a coisa mais preciosa
são a pedra que nos bate
ou a pedra que nos segura

Ser amigo por vezes é injusto
Ajuda, conversa, ouve, escuta e ralha
Apoia, discorda, segura e larga
e é o ultimo a receber um obrigado

Aos meus amigos
a quem me ouviu
a quem me percebeu
a quem me aturou

O meu obrigado

Eu sei que nao sou fácil

domingo, 5 de abril de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Vencido

Hoje sinti-me invencivel
ontem sinti que perdi
antes disso senti-me impotente
no inicio nem sentia

è mesmo assim
vencedor perde, vencedor cai
vencedor chora, e vencedor luta

Vencedor para vencer, precisa perder

Não sou vencedor, nem sou vencido
Mas ganhando ou perdendo,
Lutar fere, lutar dói.

ás vezes penso nisso...

As feridas que carrego
quando luto não as sinto
mas quando paro, parecem espinhos

Quando a luta é grande
as feridas são profundas,
se não se perde a luta
tomba-se com a dor de a ter ganho

domingo, 15 de março de 2009

O meu paraiso


Uma semana no paraiso
é tudo o que preciso
para esquecer o inferno
e jurar amor eterno

E mesmo que para lá volte
já ele nunca vai ser igual,
para as trevas levo luz tal
que a minha chama dá o mote

No paraiso adormeço
cansado mas contente
ajudar-te é o começo
que desfaz o gelo e me faz quente

E lá, quando fechei os olhos
sonhei ser abraçado
contigo ao meu lado
por ti rodeado, de todos os lados

E quando os abri
ao pe de mim te senti,
olhei para ti,
sem acreditar naquilo que vi

A tua face
bela e serena
estampado o sorriso
por mim esculpido

sábado, 7 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu e só eu ...

Costuma-se dizer que mais vale sentir dor do que não sentir nada.

Pois eu não sentia nada. Fiz um pacto de não sentir. A dor de perder algo precioso é, por experiencia, demasiado grande.
Deixava correr a vida, ao acaso, apenas sorria, limitava-me a ver o que ela me trazia. Lidava com os problemas quando me deparava com eles, não fazia projecções, planos, nem analisava riscos. Não me importava de quem estivesse á volta e fazia questão que não se importassem comigo.
Combinava encontros e não aparecia, marcava saidas e só na hora decidia ir. Era superficial, sabia disso, mas protegia-me da dor, aquela que nunca mais queria sentir. Não me importava com o mundo e nada há nele que me faça sentir. As minhas alegrias eram feitas do momento, ou jogava ou via televisão, ou ouvia musica, ou beijava alguem porque sim, ou deixava de beijar, também porque sim ...
Nunca fui um bom amigo, ou confidente. Sempre fui a ovelha negra da familia, também não me importava porque por ela não sentia grande coisa. A minha paixão era a minha juventude, de a viver comigo, sozinho sem nada. Se eu não tiver nada, ninguem me pode magoar e tirar o que é meu.

Entrei na universidade quase sem querer, sem me importar se entrava ou não. Se isso não me fizesse feliz também não me podia pôr triste.
Esse foi o acaso que o destino me trouxe, e enchou a minha vida ... de vida.

A minha equação desfez-se quando te vi. Num dia casual, onde mais uma vez só fui tomar café porque decidi no momento. Os teu cabelos enormes e volumosos, os teus olhos azuis e o teu sorriso incandescente viraram o meu mundo do avesso. Tu eras o oposto. Eras a amiga, confidente que nunca se esquecia do anos de ninguem, sensivel e profunda, a estrela cintilante da constelação familiar, o exemplo, a adulta, a madura e prudente.
Á minha matemática tiras-te o sentido. Não sentir faz-se á custa da felicidade, soube-o contigo, descobri-o contigo. As duas são gemeas seamezas e matando uma matamos outra.

Nunca percebi o que viste em mim, nunca consegui perceber que raios achavas que eu podia ser, mas a verdade é que sem me aperceber a minha vida já não funcionava á minha volta, já fazia planos, já me importava quando marcava encontros e não ia, já ouvia os segredos dos outros, já dava conselhos, já gostava dos meus amigos e já gostavam de mim. Nunca me apercebi disto, as minhas barreiras pareciam que nunca tinham existido, pareciam que se tinham diluido, evaporado em pleno ar. Amar-te chegou tão subtilmente que nem sequer soube que te amava, para mim era natural, era assim que sempre tinha sido, nunca me preocupei em questionar o meu amor por ti, mas principalmente nunca questionei o teu amor por mim.
Talvez fosse esse o problema, porque quando decadas depois começamos a ficar distantes pus sempre a culpa na vida, no cansaço, no trabalho ... ... ... na rotina. Mas o problem foi eu nunca ter deixado as minhas barreiras derreterem por completo, foi deixar sempre qualquer coisa para me defender, ter sempre um pouco de criança em mim e ter-me sempre um pouco mais á frente dos outros.

Eu que era a unica pessoa que nunca me magoaria, essa era a matematica, fui o unico que arrastou a felicidade para longe de mim. Sem me aperceber, sem dar valor ao que me ias dizendo, sem te dar tudo o que merecias e pedias entre dentes e pensamentos, lentamente fui despedaçando a tua crença em mim, nos principes e historias de encantar. Eu que sempre me protegi, dava agora um golpe nas minhas proprias costas, á traição, sem me aperceber que enterrava cada vez mais a lamina da tristeza no meu coração, e que um dia ia ser fatal.
Esse dia, inevitavelmente, veio fazer contas comigo.
Diante S. Pedro não tinha argumentos para entrar no paraiso.
Agora espero um milagre, penso em ti, sinto saudades de ouvir os teus passos, a tua voz, a tua presença, de chegar a casa e dizer que passei o dia cheio de vontade de regressar, e sinto pena das vezes que o sentia e não to disse, sinto pena das vezes que pude ir mais cedo e não fui.

Toda a minha matematica se foi, e a unica equação válida é que tenho de viver com o facto não ser o mundo a trazer-nos tristeza. Os unicos que têm esse poder somos nós proprios. Agora, tenho a tristeza tão perto, que já me acostumei a falar com ela, já faz parte do meu dia. Já estou tão abituado que já não a deixo ir. Gosto da minha tristeza, gosto de fumar o meu cigarro, ouvir as musicas que a minha tristeza gosta, falar com ela e pedir-lhe, para pelo menos ela, não me deixar. Acho que fiquei apaixonado por ela ...

Mas o mundo sempre me há-de ver a sorrir para ele, porque o meu orgulho é maior que eu ..... mas lá por eu sorrir e fazer piadas constantemente não quer dizer que seja feliz ...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Assunto de conversa

Quantas vezes nem ligava o telefone
ocasiões onde não sabia o que te dizer
imenso tempo sem dizer uma palavra
um glaciar de pensamentos que nao saiam da garganta

Agora que não posso falar contigo
não posso abordar o quanto gosto de ti
finjo não pensar nisso quando falo contigo
finjo que não se passa nada



Mas o tsunami de coisas que agora me assolam
a quantidade de palavras, de assuntos e novidades
passam pela garganta
mas agora não as posso soltar

as palavras que não saiam
os gestos que não fazia
as coisas que não pensava
parecem agora estourar no meu peito

Mas ainda finjo, que somos apenas amigos
que já não te vejo como estrela cadente
que apenas te quero bem
quando apenas quero ter-te nos meus braços ..... e não te largar nunca.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Que saudades ...


As saudades que eu tenho de ter saudades ...
aquelas saudades
que eram diferentes,
onde estar longe significava
ter-te tão perto, ainda mais perto

As saudades dessas saudades loucas
de adormecer sem ti
com o aroma do teu odor
mesmo ao meu lado,
de fechar os olhos e contar
os passos que darias
desde banho até á cama

Que saudades tenho dessas saudades ...
quando ficava contente por sair
mas com vontade de regressar
mal saias do meu olhar

Que saudades tenho das saudades
que me demonstravas quando regressava
quando os nossos labios ficavam colados
sentindo o calor da ausencia
compensando o tempo que ficaram longe

Não eram beijos de paixão
não eram beijos amor
eram saudades de se terem
saudades de se tocarem