Ainda não consigo perceber, nem tornar concreto
quão forte pôde ser, este simples sentimento
dissimulado mentiroso, parecia frágil e discreto
mas dum momento para o outro se elevou violento
Será que era assim?
simples e singelo?
ou será que sempre foi
nobre, forte e belo
Na minha caravela guardo tudo que a faz bela
tatuada na minha face, eu tenho a memória dela
mas todo eu se desvanece numa névoa amargurada
quando do meu futuro tenho a sua presença privada
Sei que assim é a vida
nada volta a ser, depois de ter sido
nada se volta ter, depois de se ter tido
o meu sonho será,
o que um sonho realmente é
irreal e perdido
numa manhã fria esquecido
Sofro sim eu sei, mas por favor anima
sofro por quem amo,
por quem orgulhosamente proclamo
a minha grande estima
sofro por quem merece
por quem o meu futuro tece
e o mundo enaltece
Mas amor, todo meu sofrimento é pouco,
e nem sequer é paga que preste
a toda felicidade que me deste
e á qual agora me prendo, cego, surdo e louco
Adorava que as minhas lágrimas
cimentassem o teu chão,
amaciasem a tua face
suavizassem a tua dor
Eu sei, jurei proteger-te de tudo
mas não consegui contudo
os espinhos evitar,
nem toda a dor de os pisar
Sofro, e isso não mudará
Sofro mas feliz, porque sei o que achaste
o tempo saberá, o tempo o dirá
se em mim nada fizeste ou se em mim tudo mudaste
sábado, 6 de setembro de 2008
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